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o álbum Belzebu é um Quadrado Rotas ou Quadrado Sator, um misterioso talismã e o mais antigo palíndromo 2D. pelo menos até ao sec. I, acreditava-se possuir poderes mágicos. torná-lo visível em espaços, paredes e objectos, afastava os espíritos diabólicos e foi presença frequente em toda a Europa.
foi usado desde tempos primordiais como uma Magia de Protecção, uma das quais confundir e afastar Belzebu.
é um Quadrado Mágico, composto por 5 palíndromos conectados entre si, nas cinco palavras e temas deste álbum : ROTAS, OPERA, TENET, AREPO, SATOR. palavras que se repetem se forem lidas da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de cima para baixo, ou de baixo para cima — além disso, as palavras na primeira e quinta linhas são as mesmas, apenas invertidas, e o mesmo para as palavras na segunda e quarta linha.
a palavra na terceira linha central é, em si mesma, outro palíndromo, TENET, e forma uma cruz.
o reposicionar das letras em anagrama em torno da letra central Ν, cria numa cruz grega PATER NOSTER, tanto vertical quanto horizontal.
as letras restantes – duas de A e O – podem representar o conceito de Alfa e Omega, o princípio e o fim, símbolos usados no início do cristianismo e referência à omnipresença de Deus. o misterioso e enigmático quadrado mágico encontrado em Pompeia, é também visto como criptograma judaico, é conectado com os mistérios mitráicos, pode ter sido usado como símbolo secreto entre os primeiros cristãos, pode ser um exemplo de mandala teofórica que codifica um ou mais nomes de divindades, e tem sido, desde há muito e em numerosos lugares do mundo, usado como magia de protecção.
muito se tem escrito e investigado sobre este quadrado mágico, e sobre traduções possiveis do seu sentido metafórico, entre as quais “O Criador (ou Salvador) mantém o funcionamento das esferas nas suas mãos” ou “Do Criador flui a compreensão do funcionamento das esferas”_ o estudo e o enigma continuam …
imagem : montagem a partir de “Rotas Square_Museum of Witchcraft and Magic _ collection number R/1/184″ e “cartaz Telectu _ Maus Hábitos_Lisboa 2022″
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Palácio de La Prensa _ 22 Dezembro 2018 _ Madrid _ grande honra de um lugar mágico, mítico e histórico na Gran Via, a convite dos resistentes, incríveis e inesquecíveis colectivo Real No Real que auto-financiam o que programam e com uma vontade e dinamismo de muita garra nos receberam na movida madrilena mais autêntica, gracias a Miguel Estades, Borja Caro, Pablo Yief, Pedro D. Sáiz, Pablo Mirón, e Juan Vacas.
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Desterro _ 27 Dezembro 2018 _ Lisboa _ um concerto único na incontornável e alternativa associação lisboeta dos últimos anos – público atento e caloroso e um acolhimento amigo e de família.
fotos de Diogo Sousa
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Teatro Garcia Resende _ 2 Fevereiro 2019 _ Évora _ uma sala linda de morrer! um privilégio tocar entre tanta beleza, aura e história. desta vez integrados num festival com outros músicos e outras músicas, com uma equipa e organização impecáveis.
fotos de Mariana Mata Passos e José Miguel Soares
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Cafe Oto _ 16 Junho 2019 _ Londres – um clube de culto na cena londrina, por onde têm passado referências da música experimental e improvisada. A sala esteve cheia e os aplausos ricos. Na primeira parte, Vitor Rua actuou com Chris Cutler. Foi excelente. Neste concerto introduzi o Sono Spring.
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Festival Oi _ EV.EX _ poesia e música experimentais _ Alto de São Bento _ 14 Julho 2019 _ Évora _ primeiro em duo com Vitor Rua e depois com Helena Espvall, Hernâni Faustino, Feliciano de Mira, Tó Trips e JP Simões num local espantoso, o maciço granítico do Alto de São Bento. inesquecível!
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desenho de cartaz : Paulo Ansiães Monteiro
“Acaba de terminar la segunda escucha de una novedad y una sorpresa en su momento, la vuelta a los escenarios del fantástico grupo portugués Telectu. Ya sin el tristemente fallecido Jorge Lima Barreto, a Vitor Rua (guitarra) le acompaña Ilda Teresa Castro a los teclados, y este nuevo disco recoge la actuación del dúo el año pasado en el londinense Cafe OTO, en una gira que les llevaba a recrear su segundo álbum, “Belzebu” (1983), un trabajo magnífico que auna minimalismo y electrónica creando unos paisajes de ensoñación increíbles. En este caso, el disco tiene una sola pista -como el cd de la reedición de Holuzam de 2018- y la presentación es peculiar, tipo DIY, con una especie de cartel -de lo más bonito- doblado en seis paneles, con el cd y un tarjetón, y el efecto es, en mi opinión, realmente bueno. En lo musical, a falta de más escuchas, respeta al original conservando el carácter envolvente y en ocasiones atmosférico de aquél -¡cómo ayuda el gran sonido!-, ahora con una fuerza y un vigor renovados.”
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A-m-e-i tocar na igreja gótica do castelo de Leiria, rodeada de pessoas maravilhosas em sintonia com a nossa música. Foi uma magia boa _ telúrica _ na imanência mineral da pedra límpida e possante com quinhentos anos.
acerca do concerto, publicação de Carlos Matos, co-criador e curador da Fade In, radialista e critico musical:
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“Lotação esgotada, ontem, na Igreja da Pena, para receber um dos nomes mais celebrados em cartaz no Ciclo de Música Exploratória Portuguesa, evento que a Fade In – Associação de Acção Cultural está a levar a cabo em Leiria até Novembro próximo.
Os TELECTU já haviam anunciado que a efeméride serviria para apresentar ao vivo os temas de “Belzebu”, o emblemático disco que Vitor Rua e o malogrado Jorge Lima Barreto (fez em Julho passado 10 anos que nos deixou…) gravaram e editaram em 1983.
“Rotas”, “Opera”, “Tenet”, “Arepo” e “Sator” desfilaram, um a um, planantes, circulares, contemplativos e, ainda assim, disruptívos o suficiente para nos sobressaltarem a alma. Um paradoxo que resistiu à corrosão do anacronismo e que faz soar a música dos Telectu tão actual hoje como há 38 anos, quando estas faixas viram a luz do dia pela primeira vez. A sequência foi finalizada com “Palolo”, tema incluído no duplo álbum “Off Off” de 1984.
O cerebral Vitor Rua (guitarra e loops), dono de uma precisão irrepreensivelmente cirúrgica, e a elegante Ilda Teresa de Castro que, qual minuciosa artesã, ía erigindo um substantivo conjunto de sons (que encaixavam que nem uma luva nos ciclos rotativos que vinham de Rua) através do recurso de um pequeno metalofone, um micro-theremin, um “nano” teclado, e uma “engenhoca” de “aço” com cordas nas quais percutia ou acariciava com um arco de violino, saíram de palco sob um ruidoso e contínuo aplauso de uma plateia rendida.
No regresso para o merecido e exigido encore, a dupla brindou-nos com a estreia de um tema, ainda sem nome, da autoria dos The Banksy’s, uma dupla que é, nada mais nada menos, que Rua e Castro, os responsáveis por aquele pedaço de fim de tarde absolutamente memorável.”
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fotos de José Almeida
homenagem a Jorge Lima Barreto _ Centro Cultural De Mirandela _ 26 novembro 2021
registaram-se imprevistas perturbações devidas a restrições pandémicas aplicadas 3 dias antes das directivas nacionais
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Dos Modos Nascem Coisas – Festival dos Fazedores de Arte _ 27 novembro 2021 _ organizado pela AlbergAR-TE, associação cultural, no Cineteatro Alba, em Albergaria-a-Velha, e criado por Tucha Martins — Alquimia das tendências — membro da Companhia do Jogo, com Victor Valente . Tivemos a melhor engenharia de som dos nossos concertos Telectu com o talento e profissionalismo do Rui Rsound Reis.
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Este é um projecto socio-filosófico-artístico que se fundamenta e constrói com muito amor à causa e com o cruzamento de artistas, não-artistas e práticas artísticas não mainstream. Aqui, o pensamento vai para quem tem modos de fazer “fora da caixa” : arte alternativa, menos comercial, mais exploratória, mais original, mais arriscada.
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foto de Gui Garrido
Maus Hábitos _ 15 fevereiro 2022 _ Lisboa _ noite rica de surpresas e grande festa nos fantabulasticamente bons maus hábitos de lisboa instalados no Selina Secret Garden
_ gratidão ao Daniel Ramos Pires, ao Rui Garrido e à Tânia Nobrega.
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Ferro Bar _19 fevereiro 2022 _ Porto _ no granítico Ferro Bar foi fantástico _ começámos com 40 pessoas e terminámos com a sala cheia de muito interessantes e interessadxs millenials… um must ♡☼♡ _ thanks Sérgio Ribeiro e Ricardo
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fotos de Rita Braga
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Indie Music _ quinta-feira 5 .05. 2022 _ estreia mundial do SONOSFERA TELECTU no Indie Lisboa Internacional Film Festival _ grande auditório da Culturgest _ 18:45
cartaz @ Travassos _ https://www.facebook.com/0.Travassos
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Indie Music 8 de maio _ SONOSFERA TELECTU recebe MENÇÃO ESPECIAL do Júri do Indie Music _ 19º IndieLisboa ☼☼☼☼☼
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deixo a declaração do júri sobre o filme e sobre o cruzamento entre as condições de criação fílmica e o repensar da interveniência destes festivais :
Prémio IndieMusic — Love, Deutschmarks and Death, Cem Kaya
Declaração do júri: O filme é uma história contada em várias vozes sobre uma luta comum.
O que ele traz não é a consciência de que a opressão, discriminação e exclusão dão origem a contextos conducentes à necessidade de expressão, criação e contestação. O seu valor não está apenas na pertinência dos temas e questões que aborda – o racismo, a exploração dos trabalhadores imigrantes, a luta colectiva e artística destas comunidades – neste caso a turca, na Alemanha, mas pode ser outra, já que é e tem sido o padrão da Europa na sua relação com a que considera Outra. O que nos fez gostar tanto deste filme não está apenas no seu conteúdo e no que nos diz em particular, mas, sobretudo, na articulação entre o que nos diz e a forma como o diz. Este é um filme que ouve e nos deixa ouvir, que é partilhado por todos os seus actores. Sem deificação ou paternalismo, incorpora toda a riqueza e multiplicidade contida na própria música de que nos fala, exemplificando a capacidade de transformar uma posição de alteridade imposta num lugar de identidade e confluência, mas também de resistência e preservação cultural. Um lugar que é inevitavelmente colectivo, intergeracional e em constante mudança.
Nesta linha, não quisemos deixar de dar destaque a um outro filme que nos transmitiu igualmente uma fusão especial entre conteúdo e forma.
SONOSFERA TELECTU é um filme que se vê como se ouve, um objecto que nos transporta e nos leva a viajar através de uma simbiótica montagem de imagens e sons, cuja narrativa se faz e desfaz à procura de caminhos, mimetizando os próprios processos de improvisação musical minimalista dos Telectu.
Estas escolhas foram unânimes e cruzam diversos critérios, mas, acima de tudo, e tendo em conta a secção para a qual nos convidaram a deliberar, apontam para filmes que se destacam por encarnarem aspectos da música sobre a qual se debruçam, na sua própria estrutura. E porque, por isso mesmo, centralizam, cada um à sua maneira, uma música ou cena musical que floresce nas margens – ou à margem – ou que assim é considerada de um ponto de vista hegemónico.
Por fim, e a propósito de estruturas, hegemonias, lutas colectivas e margens, não queremos deixar de juntar a nossa voz à crítica feita no contexto de exibição do filme FRÁGIL, sob a forma de um discurso que denuncia, e bem, a cumplicidade deste tipo de festivais na manutenção de uma lógica de competição e exclusividade que pode e deve ser repensada. Enquanto jurados, cumprimos aquilo a que nos propusemos: pensar e discutir sobre os filmes que vimos, escolher aquele de que gostámos mais e explicar porquê. Até porque o problema não é haver filmes piores ou melhores, ou gostar mais de uns ou de outros, muito menos falar sobre isso. A comparação crítica é boa e importante, é natural e produtiva. A questão aqui é sobre repensar o espaço que festivais como estes ocupam e em detrimento dos quais poucas opções sobram a quem quer fazer do cinema a sua vida, quando inclusive talvez até pudessem ter um impacto mais directo e democrático contra as condições precárias nas quais muitos dos filmes apresentados são feitos. A lógica da competição não tem só a ver com o que acontece durante o festival mas também antes, durante a seleção e programação, em paralelo e como parte de uma estrutura maior, que é urgente desafiar e transformar.
Prémio IndieMusic – Menção Especial
Sonosfera Telectu, Carlos Mendes + Ilda Teresa Castro + Vítor Rua + Vasco Bação
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Critica de Carlos Matos ao concerto em Leiria no Ciclo de Música Exploratória Portuguesa
ildateresacastro.wordpress.com 